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Guerra dos Mendigos

O encontro entre combatentes da Primeira Cruzada e os fugitivos da Cruzada dos Mendigos.
O encontro entre combatentes da Primeira Cruzada e os fugitivos da Cruzada dos Mendigos.
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No fim do século XI, o Concílio de Clermont teve a função de oficializar a realização da Primeira Cruzada com direção ao mundo oriental. Sob os apelos do papa Urbano II, milhares de nobres cristãos foram mobilizados para essa grande batalha. Em uma época de grande influência, a Igreja não teve grandes dificuldades para mobilizar as armas de nobres que buscavam salvação espiritual e o controle de novas terras.

Mesmo se dirigindo ao esforço da elite feudal, o anúncio das Cruzadas acabou sendo também divulgado para a população comum. Integrantes do baixo Clero e outros pregadores populares saíram entre a população europeia divulgando a organização do movimento cruzadista. Entre esses, se destacou Pedro, O Eremita, que, com a ajuda do cavaleiro Gautério Sem-Posses, conseguiu mobilizar uma grande leva de camponeses, miseráveis, velhos, crianças e mulheres rumo ao Oriente.

Em pouco tempo, diversos seguidores se reuniram na cidade alemã de Colônia. Durante a travessia, os integrantes da chamada “Cruzada dos Mendigos” praticaram toda ordem de insubordinação e perseguiram as comunidades judaicas que encontravam pela frente. Sem armas e suprimentos adequados, esses cruzados de improviso chegaram à cidade de Constantinopla em péssimas condições. Sob a orientação do imperador bizantino Aleixo I, aquela horda de miseráveis deveria aguardar as tropas da Primeira Cruzada.

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No tempo em que estiveram no interior da cidade, os pobres cruzados promoveram as mesmas desordens e saques que marcaram toda sua travessia pelo Ocidente. Com isso, o imperador bizantino ordenou que eles ficassem na parte externa da cidade e instigou a luta daqueles cruzados contra os infiéis que estavam nas fronteiras próximas. Nessa situação, os cruzados acabaram se dirigindo até a Ásia Menor realizando uma série de ataques desordenados contra os combatentes turcos presentes no Estreito de Bósforo.

Mais bem preparados, os soldados turcos não tiveram grandes dificuldades para controlar aquele bando de soldados de improviso. Milhares de cruzados foram mortos, capturados ou vendidos como escravos. Os poucos que sobreviveram ainda tiveram que se desgastar com o longo caminho de volta para a Europa. Pouco tempo depois, os cavaleiros e nobres europeus realizaram uma investida que revelou o real poder de fogo dos cruzados cristãos contra os muçulmanos.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Escritor do artigo
Escrito por: Eliene Percília Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PERCíLIA, Eliene. "Guerra dos Mendigos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-dos-mendigos.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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