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Batalha de Zalaca entre mouros e cristãos

Vitral representando Alfonso VI e o bispo Pedro, no Alcázar de Segóvia
Vitral representando Alfonso VI e o bispo Pedro, no Alcázar de Segóvia
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A reconquista da Península Ibérica pelos cristãos contra os muçulmanos, que haviam tomado a região dos visigodos, compreende uma série de batalhas ao longo de mais de 700 anos. Dentre as inúmeras batalhas travadas há a Batalha de Zalaca, ocorrida no ano de 1086.

Esta batalha ocorreu na região de Sagrajas (para os cristãos) ou Zalaca (para os muçulmanos), próxima a Badajós, na Espanha, localizando-se na fronteira norte do território conhecido como al-Andalus. Os preparativos para a Batalha de Zalaca inseriam-se no contexto de retomada de algumas áreas pelo rei Alfonso VI, de Castela-Leão, que, um ano antes, em 1085, havia conseguido tomar a importante cidade de Toledo para os cristãos.

Alarmados pelos sucessos dos cristãos, os reis muçulmanos das Taifas de Sevilha, Badajoz e Granada pediram auxílio aos almorávidas, liderados por Yusuf ibn Tashfin. Yusuf chegou à Península Ibérica com aproximadamente 7.000 homens, vindos do norte da África. Ao longo do percurso até a região de Sagrajas, conseguiu ampliar suas tropas para cerca de 30.000 homens.

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Por sua vez, Alfonso VI esperava as forças militares de Yusuf com cerca de 60.000 homens, estimulados pela vitória em Toledo. A batalha se iniciou em 23 de outubro de 1086, após Alfonso IV aceitar a última de três opções apresentadas por Yusuf ibn Tashfin: converter-se ao islamismo, pagar tributos ou lutar. O rei Alfonso IV iniciou o combate logo pela manhã. Yusuf dividiu suas tropas em três, deixando a maior, com 15.000 homens, lutando com Alfonso durante quase toda a manhã. À tarde, os homens por ele comandados uniram-se à primeira divisão, cercando as tropas de Alfonso VI. Com o incremento da ofensiva, os castelhanos entraram em pânico, levando Yusuf a ordenar a entrada da terceira divisão, formada por 4.000 negros africanos armados de espadas indianas e longas lanças.

O resultado foi a estrondosa vitória dos muçulmanos sobre os cristãos. Estima-se que poucas centenas de cristãos tenham sobrevivido à batalha. Dentre estes estava o rei Alfonso VI, que apesar de ter sobrevivido, perdeu uma perna em combate.

Os muçulmanos chegaram ainda a cercar Toledo, mas a perda de um herdeiro de Yusuf na África fez o comandante islâmico retornar ao continente africano, garantindo que os cristãos não perdessem muitos territórios. A Batalha de Zalaca iria marcar o recrudescimento das lutas entre muçulmanos e cristãos na península, sendo que os conflitos só teriam fim no final do século XV.


Por Tales Pinto
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Tales dos Santos Pinto Escritor oficial Brasil Escola

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PINTO, Tales dos Santos. "Batalha de Zalaca entre mouros e cristãos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/batalha-zalaca-entre-mouros-cristaos.htm. Acesso em 25 de abril de 2024.

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