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Segunda Guerra Púnica

Cipião e Aníbal lideraram os principais combates que marcam a Segunda Guerra Púnica.
Cipião e Aníbal lideraram os principais combates que marcam a Segunda Guerra Púnica.
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Depois de ter suas forças abatidas pelos romanos, os dirigentes do império cartaginês decidiram reforçar seu contingente bélico promovendo a exploração das minas da Península Ibérica. Preocupada com uma implacável reação militar dos cartagineses, os romanos tentaram enviar uma missão diplomática que deveria reivindicar a limitação da influência dos cartagineses naquela região. Mediante a negativa de Cartago, os romanos já se colocaram prontos à batalha.

Após a morte de Amílcar Barca, seu filho Aníbal ficou responsável pelo controle dos exércitos cartagineses. Para muitos daqueles combatentes, segundo o relato do historiador Tito Lívio, a imagem de Aníbal Barca inspirava os soldados em virtude de sua forte semelhança física com o pai. Primeiramente, o novo general cartaginês promoveu a invasão da cidade espanhola de Sagunto. Aproveitando da ação, os romanos declararam guerra contra o projeto expansionista cartaginês na região ibérica.

Estando ávido por uma revanche, Aníbal Barca organizou rapidamente seus exércitos para realizar a travessia dos Alpes. Contando com 50 mil soldados de infantaria, 38 elefantes e nove mil cavaleiros, as forças cartaginesas atravessaram os Alpes até alcançarem o vale do Pó, na porção norte do território italiano. Apesar das enormes perdas sofridas com a ação ofensiva, a chegada do inimigo no território foi capaz de surpreender os mais experientes chefes militares romanos.

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Com o apoio de tropas macedônicas e gregas, os cartagineses alcançaram sua primeira grande vitória contra Roma na batalha de Canas, deflagrada em 216 a.C. Logo em seguida, os romanos decidiram sufocar o avanço de Cartago promovendo um grande saque a todas as cidades italianas que realizaram algum tipo de aliança militar com os cartagineses. Paralelamente, Roma enviou tropas para tentar controlar todas as regiões que forneciam armas, soldados e mantimentos para seus inimigos.

Apesar dos primeiros sucessos obtidos contra os romanos, os cartagineses não tinham condição de continuar nessa guerra sem que fizesse uso de grandes armamentos que pudessem ser transportados pelo mar. Tal empecilho, explicado pela vigilância das esquadras romanas, fez com que Aníbal não pudesse alcançar a cidade de Roma com chances reais de vitória. Dessa forma, os romanos passaram a vencer batalhas de menor porte que empurraram as forças de Cartago para a região da Calábria, sul da Itália.

Com o passar de mais de uma década, Aníbal se viu obrigado a recuar suas tropas de volta para Cartago, em 204 a.C.. Dessa maneira, o general romano Cipião, o Africano, já havia atravessado o Mediterrâneo com o objetivo de aniquilar qualquer possibilidade de reação de seus inimigos. Sem mais condições de reverter a paulatina derrota desenhada pelos romanos, as combalidas tropas de Aníbal foram finalmente aniquiladas na Batalha de Zama, em 202 a.C..

No ano seguinte, os cartagineses assinaram um tratado de paz em que cediam os territórios espanhóis para Roma e pagavam uma indenização de 10 mil talentos de ouro. Além disso, por esse mesmo acordo, os cartagineses se comprometiam a entregar sua esquadra aos romanos, não poderiam declarar guerra sem a autorização de Roma, nem promover nenhum tipo de retaliação ao reino africano da Numídia, que havia auxiliado os romanos.

Após o fim do confronto, os romanos ordenaram a perseguição ao general Aníbal Barca. Tal ação teria como principal objetivo impedir que o afamado militar pudesse se transformar no principal líder político de Cartago. Contudo, graças à ajuda de Cipião, que o admirava apesar das desavenças políticas, conseguiu despistar as tropas romanas que o perseguiam. Em 183 a.C., Aníbal foi encontrado por seus inimigos. Entretanto, o lendário guerreiro preferiu atentar contra sua própria vida.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Segunda Guerra Púnica"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/segunda-guerra-punica.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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