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Primeira Guerra Púnica

Amílcar Barca liderou as tropas cartaginesas contra os romanos.
Amílcar Barca liderou as tropas cartaginesas contra os romanos.
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A Guerra entre romanos e cartagineses marca as primeiras significativas conquistas militares que transformariam Roma em um dos mais imponentes impérios da Antiguidade. Contudo, para compreender as razões desse conflito, primeiro temos que definir as origens do antagonismo que colocaram essas duas forças militares frente a frente ao longo do século III a.C..

Antes que o conflito acontecesse, Cartago, uma próspera cidade comercial de origem fenícia, matinha boas relações com o Estado romano. Na qualidade de entreposto estratégico, essa cidade norte-africana negociava trigo, perfumes, pedras preciosas, metais, tecidos e marfim com os povos da Bretanha, Noruega e da costa ocidental da África. Além disso, contava com um poderoso exército capaz de proteger as ricas e prósperas rotas comerciais mantidas por essa civilização.

A relação entre esses dois povos estremeceu quando os romanos, apesar de não contarem com uma expressiva tradição marítima, decidiram invadir a ilha da Sicília. Tendo grande importância econômica para os cartagineses, estes não aceitaram perder as terras que forneciam uma valiosa quantidade de gêneros agrícolas obtidos a partir da exploração econômica daquelas terras.

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Com o passar do tempo, apesar de não ter o mesmo poderio nas águas, o exército romano se sobrepôs aos cartagineses graças à visível habilidade tática de seus soldados em terra. Na batalha ocorrida em Mylae, os romanos obrigaram o general cartaginês Amílcar Barca a assinar a sua rendição, em 241 a.C. O tratado assinado previa o reconhecimento do domínio romano na região da Sicília e a imposição de uma pesada indenização a ser paga pelos cartagineses.

A imposição gerou sérios problemas para o governo cartaginês. Depois de ressarcir financeiramente Roma, os cartagineses não tinham condições financeiras para saldar as dívidas com os mercenários que lutaram ao seu lado. Enraivecidos, esses combatentes acabaram promovendo, nos três anos subsequentes, o saque de várias províncias que pertenciam a Cartago. Enquanto isso, os romanos aproveitaram a boa ocasião para conquistar outras ilhas próximas, como Malta, Córsega e Sardenha.

Apesar de derrotados pelos romanos, o general Amílcar não acreditava que o interesse dos impérios pelo mar Mediterrâneo se encerraria naquele fatídico episódio de sua carreira militar. Por isso, decidiu organizar uma segunda expedição militar em que atacaria os povos que habitavam a Espanha. Por meio da dominação dessa outra região, os cartagineses deslocaram o palco de guerra que daria origem aos novos conflitos que deram continuidade às Guerras Púnicas.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Primeira Guerra Púnica"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/primeira-guerra-punica.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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