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Batalha de Lepanto

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Desde meados do século VIII, os muçulmanos promoveram a expansão de seus domínios em direção ao Norte da África, à Ásia Menor e ao Sul da Europa, conseguindo, assim, obter controle sobre grandes territórios que margeavam o Mar Mediterrâneo, o que ocasionou o subsequente controle desse mar também. Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, os reinos cristãos do Sul da Europa passaram a promover grandes investidas militares contra o Islã. A guerra pela reconquista da Península Ibérica esteva entre essas investidas.

No entanto, os muçulmanos ainda conseguiram exercer grande influência sobre o Mediterrâneo por muitas décadas. Aquela que ficou conhecida como a batalha final contra o domínio islâmico sobre o Mediterrâneo foi a Batalha de Lepanto, de 1571.

A tensão entre cristãos e muçulmanos ainda era bastante grande no século XVI e, em 1570, ocorreu a invasão da ilha de Chipre, comandada por Lala Kara Mustafá Paxá, general do Império Otomano. A contenção armada contra uma possível reação das forças cristãs foi preparada por Mehmet Ali Paxá, um dos mais respeitados oficiais otomanos. Ali Paxá levou uma frota de navios e posicionou-a nas ilhas de Creta e também na Península do Peloponeso (ou Moreia, como era chamada à época).

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A ilha de Chipre era posse da República de Veneza. A reação contra a ofensiva dos otomanos não tardou. Veneza articulou-se com outros Estados cristãos, como o Reino da Espanha, os Cavaleiros de Malta e os Estados Pontifícios, formando a Liga Santa para enfrentar o Império Muçulmano. A organização da Liga Santa concentrou-se, obviamente, nos preparativos para uma grande batalha naval, com cerca de 200 galeras (embarcações) munidas de canhões. Um dos principais líderes cristãos da Liga Santa era João D' Áustria.

A frota muçulmana de Ali Paxá entrou em confronto com a Liga Santa durante cerca de 10 horas, ao longo do dia 07 de outubro de 1571, no largo de Lepanto, na Grécia. Um dos combatentes cristãos era Miguel de Cervantes, que, mais de trinta anos depois, publicou a primeira parte de seu famoso romance “Dom Quixote de La Mancha”. Os muçulmanos perderam mais de 200 embarcações nesse conflito, tendo morrido, entre eles, cerca de 20 mil homens. Entre os cristãos, menos de duas dezenas de galeras foram destruídas e cerca de nove mil homens foram mortos.

O fato é que, a despeito do teor sangrento da batalha, o conflito naval de Lepanto estabeleceu um fim definitivo no domínio muçulmano sobre o Mar Mediterrâneo.


Por Me. Cláudio Fernandes

Escritor do artigo
Escrito por: Cláudio Fernandes Escritor oficial Brasil Escola

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FERNANDES, Cláudio. "Batalha de Lepanto"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/batalha-lepanto.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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