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A máquina de guerra de Gêngis Khan

A máquina de guerra de Gêngis Khan foi uma das mais eficazes e brutais da história da humanidade. A cavalaria do exército mongol dominou vastos territórios.

Monumento a Gêngis Khan na Mongólia
Monumento a Gêngis Khan na Mongólia
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O imperador mongol Gêngis Khan conseguiu construir o maior império de todos os tempos, em termos de extensão territorial. A vastidão de seu império cobria regiões que iam desde a China até a Europa Oriental, passando pela Pérsia e Oriente Médio. O Império Mongol, que vigorou durante o século XIII, submeteu vários povos ao seu jugo, incluindo turcos e islâmicos. Para tanto, foi necessário o desenvolvimento de uma sofisticada máquina de guerra.

Para entender a máquina de guerra montada por Gêngis Khan, é necessário saber como se estruturava a própria sociedade mongólica. Os mongóis eram povos fundamentalmente nômades, organizavam-se em clãs, chamados ulus, e viviam em tendas, denominadas gher. Vale destacar que o império mongol, em razão de sua característica nômade, não possuía organização estatal sofisticada. Além disso, o nomadismo, ao contrário das sociedades sedentárias, favorecia o estilo de batalha violento, com avanço rápido, pilhagem e devastação, que caracterizou a máquina de guerra mongol.

Um dos componentes essenciais da vida nômade também constituía a base do guerreio mongol: o cavalo. Na verdade, os mongóis aperfeiçoaram uma raça de “pônei duplo” que media cerca de 1 metro e 30 centímetros de altura e pesava aproximadamente 300 kg. Ele era forte e resistente o bastante para percorrer uma distância de mais de 40 quilômetros sem se cansar. Como o exército mongol não possuía infantaria, isto é, não contava com um contingente de soldados que lutava em marcha a pé, a batalha travada a cavalho era a base das suas estratégias.

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A estrutura do exército de Gêngis Khan organizava-se da seguinte forma: um decano chefiava dez cavaleiros; um centurião, por sua vez, chefiava dez decúrias; um milenário ficava encarregado de chefiar dez centúrias, e um capitão, por fim, comandava 10.000 homens. Essa estrutura hierárquica, entretanto, não desprivilegiava nenhum combatente. Todos os cavaleiros eram destacados por seus feitos em batalha, e o imperador Gêngis Khan apreciava a fidelidade de cada um.

Além disso, os cavaleiros também se serviam de dois ou três arcos com três bolsas de flechas, um machado e cordas para puxar os veículos que eram atrelados aos cavalos. As pernas dos combatentes eram cobertas, e havia ainda o uso de capacetes e couraças de couro, o que dava muita mobilidade para montar o cavalo e disparar flechas em movimento.

A cavalaria mongol obedecia também a uma estrutura em três colunas: à esquerda (djunqar), à direita (baraghun) e ao centro (qoel). Essa estrutura possibilitava um maior controle da mobilização das hordas de assalto contra os adversários. Gêngis Khan também possuía um amplo serviço de espionagem e propunha a delação a guerreiros do exército adversário para que dessem informações que auxiliassem a visão estratégica mongol.


Por Me. Cláudio Fernandes

Escritor do artigo
Escrito por: Cláudio Fernandes Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FERNANDES, Cláudio. "A máquina de guerra de Gêngis Khan"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/a-maquina-guerra-gengis-khan.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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