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Cipíão e Aníbal na Batalha de Zama

Batalha de Zama (202 a.C.), feita por Henri-Paul Motte (1846-1922), com as tropas cartaginesas com seus elefantes atacando a infantaria romana
Batalha de Zama (202 a.C.), feita por Henri-Paul Motte (1846-1922), com as tropas cartaginesas com seus elefantes atacando a infantaria romana
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A Batalha de Zama ocorrida em 202 a.C. marcou o fim da segunda Guerra Púnica (218-202 a.C.) que opôs, de um lado, os romanos, e de outro, os cartagineses. Ocorrendo no norte da África e ao sul da cidade de Cartago, a batalha foi também o palco onde se desenrolaram as estratégias de dois importantes líderes militares das duas cidades: Cipião, o Africano, e Aníbal Barca.

Durante a Segunda Guerra Púnica, Aníbal Barca havia conseguido atravessar os Alpes ao norte da Itália, depois de percorrer a Península Ibérica. No caminho, Aníbal conseguiu arregimentar milhares de soldados mercenários gauleses, o que compensou as perdas de homens ocorridas durante a travessia da cadeia de montanhas europeia. O objetivo era conquistar o apoio de inúmeras cidades em sua ação contra Roma.

Apesar de toda sua estratégia militar e das ações diplomáticas junto às cidades da Península Itálica, Aníbal não conseguiu derrotar totalmente as tropas romanas e invadir a cidade. Aníbal impôs importantes vitórias ao até então invencível exército romano. Mas ao invés de concentrarem suas forças na batalha em solo europeu, os romanos, sob o comando de Cipião, decidiram atacar a cidade de Cartago. Tal estratégia forçou o retorno de Aníbal e suas tropas para o norte da África.

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Acampadas em Zama, as tropas de Aníbal esperaram a chegada de Cipião e seus comandados para iniciar a batalha. Antes, porém, uma tentativa de acordo diplomático entre os dois generais foi realizada, mas sem sucesso.

O exército de Aníbal possuía mercenários gauleses, lígures e hispânicos, além de suas tropas regulares. Além disso, Aníbal contava com a presença de inúmeros elefantes, o que representava um importante diferencial de força de ataque em relação aos romanos. A estratégia de Aníbal era usar os elefantes no primeiro momento para causar o máximo de estragos possíveis nas linhas de frente do exército romano. Com a abertura desse espaço, os cartagineses atacariam com as forças mercenárias, buscando, por fim, aos romanos com as tropas regulares.

O que Aníbal não contava era com a estratégia que Cipião havia estabelecido para se defender do ataque dos elefantes. O general romano havia colocado lanceiros e armadilhas de solo para minar a ação dos elefantes. A ação foi certeira, enfraquecendo o exército de Aníbal em sua principal arma. Após o ataque aos elefantes, a infantaria romana pode adentrar a linha de frente cartaginesa, vencendo depois os mercenários e, por fim, as tropas regulares de Aníbal. 

Com essa ação, os romanos venceram os cartagineses Zama e teve fim a Segunda Guerra Púnica. A vitória garantiu a Cipião o título de “Africano”. Mas Cartago seria exterminada apenas em 146 a.C., quando os romanos venceram a terceira e derradeira Guerra Púnica.


Por Tales Pinto
Mestre em História

Escritor do artigo
Escrito por: Tales dos Santos Pinto Escritor oficial Brasil Escola

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PINTO, Tales dos Santos. "Cipíão e Aníbal na Batalha de Zama"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/cipiao-anibal-na-batalha-zama.htm. Acesso em 19 de abril de 2024.

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